Quieto, de perto,
Te observo calada
Contemplo seu olhar
Refletindo o luar,
Nós dois e o mundo
Lentamente a girar,
Alguns mágicos segundos
Que ousaram passar.
Inebriada de amor
A brisa do mar, emanando calor
Abandonou a realidade
E no toque das nossas mãos,
(Termômetro da intensidade),
Provou da reciprocidade e seu tempero forte.
Rapidamente passou por nós
Entregou um pouco de sorte
E, deixando-nos a sós, rumou para o norte.
Sob a companhia das estrelas e da lua
Iluminando as pedras transformadas em rua
Quis você nua, ou melhor, crua
No sentido mais visceral,
Sem passado nem futuro
Só o presente de irmos até o final
Sem esbarrar em mais um muro,
Como um pseudo casal.
Meu abraço ágil
Envolvendo seu vestido roto
Minha língua em seus lábios
Querendo banhar seu corpo
Minha boca, ‘namoradeira’
Em seu ouvido despejando besteiras
Minhas mãos em seus seios de pera
Colocando-me à beira
Da fogueira que incendeia a gente
Espalhando no ar seu cheiro
Que ao respirar por inteiro
Cega-me instantaneamente.
Suavemente...
Deslizo por sobre seu ventre
Acaricio nosso desejo
Lentamente...
Mais um longo beijo.
E, involuntariamente,
O arrepio que enverga sua espinha
Faz o mesmo com a minha.
Não é preciso falar,
Tão pouco explicar ou desculpar,
Não ousaria escutar
E permitir ao acaso estragar
O que nem em sonho pude realizar:
Uma noite perfeita,
Com nossas mágoas desfeitas
Sob a benção do luar.
Intensidade e sensibilidade.
ResponderExcluirLindo Tica ;)